Jeitos de exercitar a bondade

Baseadas num site que traz atos aleatórios de bondade para serem feitos no dia a dia, decidimos fazer aqui uma lista de ideias. Um bom jeito de lembrarmos no cotidiano que exercitar essa qualidade maravilhosa também é cuidar do nosso equilíbrio emocional.

Jeitos de exercitar a bondade no dia a dia

No trabalho

Observe as emoções ao seu redor: só assim podemos perceber quando alguém não está em um bom dia e oferecer um apoio bondoso.
Alguém veio te contar uma história? Tente escutar até o fim sem interrompê-lo mantendo o foco na pessoa e não em você. Difícil, né? A gente sabe! Por isso vale treinar.
Coloque atenção nas qualidades dos seus colegas e elogie-os quando houver oportunidade.
Quando for ter uma conversa difícil, pergunte-se antes como você falaria o que tem para falar com uma pessoa muito querida.
Ofereça ajuda: muitas pessoas têm receio de pedir uma forcinha. Ofereça-se antes!
Vai levar um lanchinho? Leve um a mais para um colega também.
Vai buscar um café? Pergunte se alguém também quer.
Vai se livrar de alguns livros? Pergunte para seus colegas se alguém tem interesse em alguns deles.
Vai fazer uma atividade simples que sabe que outros precisam fazer? Se ofereça para fazer pelo grupo: “Pessoal, vou ter que ir no cartório hoje de qualquer jeito, posso autenticar o documento de vocês também.”
Vai dar aquela passadinha no mercado na hora do almoço para comprar o chocolatinho que fica na gaveta? Pergunte se alguém precisa de algo.
Interesse-se pela vida do seu colega: você já sabe que ele usa óculos e chega sempre 10 minutos atrasado. Mas o que você sabe de sua vida real? Ele mora com quem? O que faz nos finais de semana? Que comida ama? O que lê? Quem são seus amigos íntimos?

Em casa

Envie uma mensagem quando pensar em um amigo que não vê faz tempo. Conte que pensou nele.
Tire um tempo para ser bondoso com você todos os dias: pode ser para ler um livro, fazer uma atividade física, ver uma série, curtir um hobby, cozinhar, respirar…
Ofereça ajuda (se aquela não costuma ser sua tarefa) ou peça ajuda genuinamente para quem mora com você.
Busque falar de um jeito respeitoso e bondoso, mesmo com quem você tem muita intimidade e não precisa medir palavras.
Deixe que a bondade comece com você: ofereça primeiro, seja para o vizinho ou para seu familiar.
Na hora de preparar seu café da manhã, faça a tapioca também para sua mãe, sua irmã, seu parceiro, seu filho…
Vai sair antes de as pessoas acordarem? Deixe o café pronto para elas.
Escute outra vez! Talvez você já tenha percebido que as pessoas têm suas histórias prediletas: “Uma vez, eu perdi o ônibus indo para a praia e…” Ouvir de novo é um ato tão bondoso!

Com desconhecidos

No comércio e no serviço local que você frequenta (padaria, escola, ônibus), pergunte o nome de quem te atende e tente lembrar deles.
Seja gentil com quem te serve — aquele é só um papel que aquela pessoa desempenha entre tantos outros.
Passou na fila do pedágio? Pague para o carro que vem atrás de você.
Foi bem atendido em uma grande instituição? Elogiar a pessoa por escrito é um ato bondoso silencioso e muito potente. Guarde seu nome e sobrenome e, com o empenho de quem vai fazer uma reclamação, busque o serviço de atendimento e elogie com detalhes.
Vai oferecer ajuda para alguém que pediu algo na rua? Pergunte seu nome, olhe nos olhos, ofereça atenção. Já ouvimos Padre Julio Lancellotti falar que, muito mais que dinheiro, as pessoas que moram na rua querem ser vistas.
Ao passar na fila do mercado, compre um chocolate a mais e ofereça para a pessoa que te atendeu. É bonito ver a reação dela.
Costuma rezar antes de dormir? Inclua as pessoas que viu ao longo do dia em suas orações. A bondade também mora nos pensamentos!

O mais importante: o cuidado é cotidiano e a bondade também pode ser silenciosa

O cuidado é cotidiano. Não precisamos esperar a aposentadoria, um dia de folga, ganhar mais dinheiro ou ter uma ideia incrível para mudar o mundo. Nosso dia a dia é cheio de oportunidade para exercitarmos o cuidar. A bondade é um baita antídoto para lidarmos com emoções dolorosas porque ela nos tira um pouco da nossa mente autocentrada. É claro que isso não elimina os problemas que enfrentamos mas, como estamos olhando para muitas outras pessoas, criamos mais espaço para nossas próprias emoções. Elas ainda estão ali (que bom!), só não ocupam todo nosso coração.

E olha só que complexo e interessante: ser bondoso não significa sem bonzinho. Tantas vezes vamos precisar dar um basta, dizer não, colocar limites, ter conversas difíceis, ser o chato da situação. Fazer o que precisa ser feito não precisa estar distante de fazê-lo com bondade. A bondade que mora nos pensamentos é aquela que está presente por trás das nossas ações: buscando que elas sejam benéficas para nós e para os outros.