O burnout é uma desconexão

O burnout é uma desconexão

Desconexão: pode ser que você não ligue essa palavra imediatamente ao comportamento humano e às nossas emoções. O senso comum diversas vezes nos diz que precisamos nos desconectar para relaxar, às vezes com uma semana de férias na praia, outras com a positividade tóxica aflorada pedindo para que a gente sorria diante dos problemas. Pausas, férias e desconexão do celular certamente são importantes mas é a tarefa contínua de nos desconectar como fuga e cisão do mundo que nos traz tantos problemas, especialmente emocionais.

Com alguns exemplos fica mais simples de perceber. Por exemplo, quando sentimos raiva e não percebemos aquele fogo quente chegando e nos deixamos incendiar, falando ou agindo de uma maneira não tão alinhada com nossos valores. Estamos desconectados. Ou então quando precisamos fazer um trabalho com outra pessoa em que nossas visões de mundo são muito distintas e distantes. Nos cindimos por um momento, mas logo aquilo vira uma prática recorrente, o único recurso concreto que nos resta, e isso tira boa parte da alegria, da motivação e das boas ideias que poderiam surgir no processo.

Quem nunca passou por isso? Quando conversamos com o médico do trabalho Paulo Carvalho sobre burnout, ele trouxe essa sentença óbvia: o burnout é um resultado da desconexão. A desconexão acontece com todos nós de maneiras pontuais (uma semana ruim, um dia em que estamos com a cabeça no mundo da lua, um desentendimento, um atrito), mas pode também ter intensidade, frequência e duração preocupantes, a ponto de nos tomar emocionalmente de tal forma que não enxergamos mais saída.

Aqui em cima, o link direto para essa conversa sobre burnout. Ouvindo o Paulo, fica claro como precisamos urgentemente cultivar práticas para a atenção, para que não percamos a linha. E isso em qualquer tipo de trabalho (como autônomos, gestores, funcionários, artistas): vivemos tempos malucos de performance, de produtividade e de limites borrados entre a vida pessoal e profissional. Para não adoecer, precisamos observar nossos sinais (e os dos que nos cercam).

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Estamos investigando a fundo como o burnout é uma questão trabalhável. Isso não significa que o esgotamento profissional tenha uma resposta simples e fácil, muito pelo contrário. Sem conhecimento e a definição de pontos de partida essenciais e concretos, não temos como preveni-lo. No curso das emoções, estamos apostando que um trabalho de conexão e humanização com a própria liderança é o primeiro passo para a busca de um modelo de trabalho com práticas e consistência de ações. Para a autonomia, a responsabilidade e a conexão.

Esse é um papo longo, que vamos adorar seguir com você. É o resultado de meses de pesquisa, de conversas com RH e de aplicações em empresas. Temos um plano para ajudar a sua equipe — e se quiser saber mais, é só nos escrever: contato@ocursodasemocoes.com.br

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